6 soluções mundiais para combater a escassez de água
Atualmente, 400 regiões do mundo passam por condições de extrema escassez hídrica e quase 1 terço da população mundial vivem em países com essas condições. É assustador tal realidade e o Brasil infelizmente também possui regiões de escassez média como regiões do cerrado e nordeste.
É preciso haver iniciativas que mudem por completo essa situação e algumas boas ideias tem mudado a vida de milhares de pessoas ao redor do globo. Saiba quais são a 6 soluções mundiais para combater a escassez de água no planeta e como nós podemos ajudar também com pequenas mudanças de hábitos.
Água Um bem nada durável
A água está se tornando o chamado ´´ouro líquido“, já que muitas partes do mundo não estão sendo sanadas por esse recurso tão obrigatório a humanidade e possivelmente nos próximos anos, essa situação poderá ficar ainda mais grave.
Segundo dados da ONU, até 2025 mais de 2,7 bilhões de pessoas sofrerão com a falta de água e por conta dessa escassez, poderá haver guerras entre nações e conflitos civis para ter um pouco desse bem tão fundamental a vida.
O Brasil é um dos países com melhor abastecimento hídrico, com 12% de reservas de água doce do mundo. Apesar de tanta abundância, grande parte dos rios estão em situações de poluição extrema e pouco tem sido feito para a recuperação desses afluentes.
Outro ponto é que 38% de toda água de abastecimento do país é perdida através de vazamentos e até ligações clandestinas, fraudes e má instalação hidráulica. Muitos países como Japão e o continente Europeu, encontraram formar de evitar a perda hídrica, já que esses lugares não possuem tantas reservas de água doce como o Brasil, mas servem de inspiração e exemplo para seguirmos em busca da conservação da água.
Entre 1997 e 2009, a Austrália amargou um período longo de altas temperaturas e seca severa. Entre 2013 e 2014 novamente o país bateu recorde de temperatura em todas regiões.
Com isso, ficou notório que havia a necessidade de cuidados com a água para que as futuras gerações não sofressem tanto com a escassez de água. Investiram pesado em infraestrutura, por volta de 6 bilhões de reais e fizeram campanhas de conscientização da população em prol da economia da água.
Lá, eles aplicam o sistema de reuso da água, onde a água usada nas residências é tratada e volta para as casas e abastecendo uma torneira especial instalada em casa residência e usada para limpeza, lavagem de roupas, rega do jardim entre outras atividades.
Assim a água potável é economizada e usada apenas para beber e o banho. Outra iniciativa do governo australiano foi incentivar a população a manter a manutenção das tubulações para evitar vazamentos, diminuindo drasticamente a perca de água.
Na região da Califórnia, a escassez hídrica era constante e por conta de uma população que nunca para de crescer, era necessário tomar medidas que solucionassem o problema da água.
Uma das medidas buscadas foi conscientizar os moradores a economizar água individualmente, aumentando o custo por litro e também as multas por uso indevido da água potável como lavar quintais e calçadas.
Outra medida é represar a água de reuso e fornecer para uso em descargas e irrigação de jardins e gramados. A mudança no paisagismo também foi importante, retirando plantas e vegetação com mais necessidade de água e substituindo por outras mais resistentes, além do aumento de campos de golfe.
Considerado uma ilha, o Japão é um pequeno país e demasiadamente populoso que sofre sempre com problemas de água desde a década de 50. Por conta de seus problemas com terremotos, o Japão possui leis e regras rígidas para população em relação a segurança, alimentação e água para evitar escassez de recursos básicos, em períodos de seca ou sísmicos.
Por isso o país desenvolveu o chamado Manual Geral contra a seca com inúmeras medidas de como agir diante das épocas de estiagem e para economia de água, a tecnologia ajuda a ter vasos, torneiras e chuveiros inteligentes que evitam o desperdício e hoje o país tem uma perda hídrica de apenas 3%.
Árido desde seu início, Israel enfrenta a seca constantemente e para evitar o problema, regulamentou o uso da água e criou sistemas de economia eficientes que evitam a falta hídrica.
A tecnologia israelense também é reconhecida como eficaz, tanto que aparelhos potentes conseguem absorver água doce até de geadas nos períodos mais frios. O esgoto é quase 100% coletado e mais de 80% tratado e reutilizado na agricultura através da irrigação.
Outro ponto positivo da tecnologia israelense em busca da economia hídrica é que existem 5 centros de dessalinização do Mar Mediterrâneo que garante hoje 70% da água doméstica.
Mesmo com uma grande população e situada em uma pequena ilha, Cingapura é hoje o país com 100% do esgoto tratado e reutilizado e possui medidas eficazes do uso da água potável, garantindo que as percas hídricas sejam baixíssimas.
Como o país possui poucas reservas de água doce, é necessário importar água da Malásia, necessitando que a economia e o cuidado com o desperdício sejam ainda maiores para diminuir os custos desse serviço.
Em Aruba, uma das ilhas mais famosas do Caribe, os recursos hídricos de água doce são praticamente inexistentes, sendo necessário o uso da água do mar para abastecer a ilha.
A solução? A dessalinização, método eficaz que transforma a água do mar em água potável é utilizada a mais de 80 anos e atualmente uma moderna usina de alta tecnologia, produz mais de 45 milhões de litros de água por dia e a qualidade da água é tal que pode tomá-la das torneiras sem medo.
Algumas medidas como aumento da conta ou multas, além da conscientização da população são possíveis e necessárias para que haja preservação da água por mais tempo, porém combater os vazamentos, hoje um dos maiores causadores da perda hídrica, é vital para que o Brasil continue sendo um país com poder hídrico por várias gerações.